Estrutura e Rede Colaborativa
O Museu Digital opera como um instrumento de pesquisa com características de serviço público, sustentado por uma vasta rede colaborativa. O projeto nasceu em 1998 no curso "Fábrica de Ideias", no Rio de Janeiro, e desde 2002 está sediado no Programa de Pós-Graduação em Estudos Étnicos e Africanos da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Equipes e Parcerias
- Rede Internacional: Aproveita a rede de quase 450 pesquisadores do curso "Fábrica de Ideias"
- Equipes Regionais: Maranhão (UFMA), Pernambuco (UFPE), Rio de Janeiro (UERJ) e Bahia (UFBA)
- Parcerias Sul-Sul: Arquivo Histórico de Moçambique, INEP (Guiné-Bissau), IFAN (Dakar), Universidade de Cabo Verde
- Instituições Nacionais: Fundação Biblioteca Nacional (FBN), Arquivo Nacional (AN)
Colaborações Internacionais
As parcerias com instituições africanas visam capacitar equipes locais no uso crítico de tecnologias digitais, desenvolver protótipos de museus digitais de código aberto e utilizar a plataforma como motor para cursos de pós-graduação semipresenciais, usando a língua portuguesa como ferramenta de intercâmbio.
Dilemas da Patrimonialização Digital
- Autenticidade e originalidade: Como definir um documento autêntico?
- Propriedade e exclusividade: Quais direitos de propriedade reconhecer?
- Direitos de imagem e privacidade: Como equilibrar memória coletiva e direitos individuais?
- Definição da cultura afro-brasileira: Como construir um consenso sobre o "denominador comum"?
Tecnologia como Meio
A tecnologia digital não é vista como uma solução em si, mas como um novo contexto que oferece novas possibilidades. O museu adota uma postura inspirada em Gramsci: ser "(tecno)cético, mas com permissão para se comover pelo otimismo da ação (digital)". O projeto visa contribuir para a criação de uma nova geopolítica do conhecimento e uma política de conservação mais crítica.